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Dificuldade: fácil

O fungo Fusarium oxysporum, isolado no estudo anterior, é uma espécie patogénica para muitas plantas. Fusarium oxysporum segrega uma larga variedade de enzimas que degradam a parede celular da planta, permitindo que o fungo a colonize.

O micélio do fungo (conjunto de filamentos – hifas) invade o tecido vascular, bloqueando o xilema, o que pode causar o emurchecimento da planta. O emurchecimento também pode ser causado por toxinas produzidas pelo fungo.

No entanto, algumas plantas podem defender-se, reduzindo a atividade de degradação provocada pelo fungo, ao produzirem substâncias capazes de inativar os genes responsáveis pela patogenicidade do fungo.

Recentemente, os resultados do sequenciamento do genoma de Fusarium oxysporum revelaram a existência de genes adquiridos de outras espécies de Fusarium por transferência horizontal¹ . Isto conduz à hipótese de que a transferência horizontal de genes pode gerar novas linhagens patogénicas.

Nota:
¹ Transferência horizontal de genes – processo em que um organismo transfere material genético para outro que não é seu descendente.

Questão:

Ordene as expressões identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência correta dos acontecimentos que permitem a síntese de proteínas estruturais por Fusarium oxysporum.

A. Hidrólise de polímeros orgânicos.

B. Exocitose de enzimas digestivas.

C. Maturação de proteínas digestivas.

D. Absorção de monómeros orgânicos.

E. Polimerização de moléculas estruturais.

Fonte: Exame - 2021, Época especial
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A
B
C
D
E


Comentários

Adriana Rafaela Sousa
Criado em 12/06/2025 23:15

não entendi

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Mestre Panda Adriana Rafaela Sousa
Criado em 13/06/2025 14:43

Para que o Fusarium oxysporum consiga construir as suas próprias proteínas estruturais, que são essenciais para a sua formação e funcionamento, precisa de obter a matéria-prima do ambiente exterior, uma vez que não a produz internamente a partir de luz (como as plantas). Primeiramente, as enzimas digestivas são sintetizadas no interior do fungo e, em seguida, são processadas e tornadas funcionais no Complexo de Golgi. Este passo é crucial para que as enzimas adquiram a sua forma tridimensional correta e se tornem ativas (C). Uma vez maturadas e funcionais, as enzimas digestivas são libertadas para o exterior da célula do fungo através de um processo de exocitose. Elas são empacotadas em vesículas que se fundem com a membrana celular, libertando o seu conteúdo para fora (B). No exterior da célula do fungo, as enzimas digestivas atuam sobre os polímeros orgânicos complexos presentes na planta (como a celulose da parede celular), quebrando as suas ligações químicas. Este processo é a hidrólise, que transforma os grandes polímeros em unidades mais simples - monómeros (A). Os monómeros orgânicos resultantes da hidrólise são então transportados e absorvidos ativamente para o interior da célula do fungo (D). Uma vez no citoplasma do fungo, os monómeros orgânicos absorvidos são utilizados para sintetizar as suas próprias moléculas estruturais. No caso das proteínas, os aminoácidos são unidos em cadeias longas num processo de polimerização, formando as novas proteínas estruturais que o fungo precisa para crescer e funcionar (E).

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