Os tentilhões de Darwin, utilizados pelo naturalista para a construção da sua teoria da evolução, são um grupo de aves de diversas espécies, pertencentes à mesma ordem, que, entre outros aspetos, apresentam diferenças na morfologia dos bicos. Estas e outras espécies de aves terrestres das ilhas Galápagos estão em rápido declínio, para o que terá contribuído a introdução de uma espécie invasora – a mosca Philornis downsi. As moscas adultas põem os ovos nos ninhos das aves. As larvas destas moscas alimentam-se do sangue e dos tecidos das crias das aves, o que provoca redução do crescimento, deformação do bico e aumento da mortalidade.
Os cientistas observaram que, na construção dos seus ninhos, os tentilhões utilizavam fibras de algodão retiradas de cordas dos estendais da roupa. Perante tal facto, com o intuito de contribuírem para a minimização do problema provocado pela mosca Philornis downsi, desenvolveram o seguinte estudo na ilha de Santa Cruz.
Métodos e resultados
1 – Foram colocados 30 dispensadores de algodão, em intervalos de 40 metros, em dois trajetos. Metade dos dispensadores continha algodão tratado com uma solução do inseticida permetrina a 1%, e a outra metade continha algodão tratado com água.
2 – Uma vez por semana, procuraram-se ninhos ativos na proximidade de cada um dos dispensadores.
3 – Terminada a criação, os ninhos foram recolhidos. Quantificaram-se os parasitas, larvas de P. downsi, em cada ninho. O algodão e os restantes materiais naturais utilizados na construção dos ninhos foram separados e pesados. Os resultados obtidos estão representados na Figura 2A.
Para monitorizar o sucesso reprodutivo dos tentilhões, foi desenvolvido um outro procedimento.
1 – Utilizaram-se outros 37 ninhos de tentilhões localizados nas proximidades dos trajetos anteriormente estabelecidos.
2 – Foram pulverizados 20 ninhos com solução de permetrina a 1% e 17 ninhos com água.
3 – Os ninhos tratados com inseticida não apresentavam larvas, enquanto os do outro grupo apresentavam em média 17 parasitas. Os resultados relativos à sobrevivência das crias (número de crias capazes de voar) estão representados na Figura 2B.
Questão:
No estudo descrito, uma das variáveis dependentes foi
Comentários
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A variável dependente é o que é medido ou observado na experiência. É o resultado que se espera que mude (podes pensar no "efeito" que estamos a investigar). O seu valor depende da variável independente. No estudo dos tentilhões de Darwin, o número de larvas de mosca nos ninhos é uma variável dependente. Os cientistas estavam a medir a quantidade de larvas para verificar se o tratamento com inseticida (variável independente) tinha algum efeito.
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A variável controlada é qualquer fator que é mantido constante em todas as partes da experiência. O objetivo de controlar variáveis é garantir que apenas a variável independente esteja a causar qualquer mudança observada na variável dependente. Se não controlasses estas variáveis, não conseguirias saber se a mudança na variável dependente foi causada pela manipulação da variável independente ou por algum outro fator. No estudo dos tentilhões, as variáveis controladas poderiam incluir: A concentração da solução de permetrina (sempre 1%); O tipo de algodão utilizado; A distância entre os dispensadores; A frequência das buscas por ninhos (uma vez por semana).
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