Alguns antibióticos atuam ativando a respiração celular, o que leva à produção de radicais livres (substâncias tóxicas oxidantes). Estes radicais podem causar a morte das bactérias através da destruição de proteínas, de lípidos e de DNA.
Em quatro espécies bacterianas não relacionadas, Bacillus anthracis, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus e Escherichia coli, foram inativadas, quer por via química quer por mutação dos seus genes, as enzimas da via de síntese do sulfureto de hidrogénio (H₂S). Nas bactérias que sofreram estes procedimentos, deu-se a inibição da produção de H₂S. Estas bactérias sobreviveram com muita dificuldade na presença de antibióticos.
Posteriormente, sujeitaram-se a estirpe mutada de E.coli (inibida da produção de H₂S) e a estirpe selvagem de E.coli (não mutada e produtora de H₂S) à ação de três antibióticos diferentes.
Verificou-se que, nas bactérias incapazes de produzir sulfureto de hidrogénio, o DNA se encontrava cortado em fragmentos.
A sequenciação recente de numerosos genomas bacterianos veio alterar a ideia de que o H₂S seria um produto de excreção, uma vez que esta substância pode bloquear a formação de radicais livres e também pode estimular a atividade de enzimas antioxidantes.
Explique em que medida o conhecimento do modo de atuação do sulfureto de hidrogénio em algumas bactérias pode contribuir para a produção de novos antibióticos.
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