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Dificuldade: fácil

O património genético de todas as células vivas está inscrito no seu DNA.

Nos seres eucariontes, o RNA sintetizado sofre um processamento ou maturação antes de abandonar o núcleo. Durante este processo, diversas secções do RNA, inicialmente transcritas, são removidas. Estas porções são chamadas intrões. As porções não removidas — exões — ligam-se entre si, formando um mRNA maduro, que será traduzido numa proteína.

Todavia, entre o DNA e as proteínas esconde-se um outro código, o que explica que, apesar de o DNA humano não conter mais do que uma vintena de milhares de genes, as nossas células retirem dele informação para fabricar centenas de milhares de proteínas diferentes.

Na Figura 3, está representado um processamento alternativo em que são produzidas duas moléculas diferentes de mRNA a partir do mesmo gene. Este processamento obedece a regras de um código bem preciso, que era até há pouco tempo inimaginável.

A partir de uma mesma sequência de DNA, a célula pode produzir não um, mas mais de uma dezena de mRNA diferentes. Em cada tecido, a célula reconhece, na sequência de um primeiro intrão, a informação que nesse momento conduz à conservação ou à supressão do exão seguinte. Eis aqui uma nova forma de controlar o código da vida, que permite à célula saber como processar o RNA pré-mensageiro de acordo com o seu papel no organismo. É graças a este processo que as células se distinguem umas das outras e ajustam os seus comportamentos às circunstâncias.

Na Figura 4, está representada a produção de diferentes moléculas de mRNA a partir do mesmo gene, em diferentes tecidos. Assim, a partir de um único gene, o organismo é capaz de conceber diferentes proteínas cuja funcionalidade é específica.

Questão:

Explique de que modo o processo de inibição da transcrição de genes e o processamento alternativo contribuem para a diferenciação celular.

Fonte: Exame - 2011, 1ª fase
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Comentários

Adriana Rafaela Sousa
Criado em 26/05/2025 10:11

não entendi

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Mestre Panda Adriana Rafaela Sousa
Criado em 26/05/2025 10:38

Explicando de outra forma: A diferenciação celular é o processo que permite que células com o mesmo DNA se tornem diferentes entre si e realizem funções diferentes no corpo. Isto acontece porque nem todos os genes estão ativos em todas as células. Por um lado, há genes que são inibidos (ou seja, não são expressos) em certos tipos de células. Isso faz com que cada célula produza apenas as proteínas de que precisa, de acordo com o seu papel no organismo. Por outro lado, existe também o processamento alternativo. Quando um gene é expresso, a célula pode escolher exões (partes do RNA que são mantidas) para formar o RNA mensageiro. Isso significa que, a partir de um único gene, podem ser feitas várias versões de RNA e, portanto, várias proteínas diferentes. Graças a estes dois processos — a inibição de genes e o processamento alternativo —, as células acabam por produzir conjuntos diferentes de proteínas. E são essas proteínas que dão a cada célula as suas características e funções específicas, permitindo a diferenciação celular.

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Maria Luis
Criado em 26/10/2024 13:27

De que modo a inibição da transcrição do gene contribui para a diferenciação celular?

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Vítor Trevisan Maria Luis
Criado em 20/05/2025 16:25

A inibição da transcrição de certos genes favorece a diferenciação celular justamente por não possuir certos genes a serem expressos, o que permite que com a mesma informação genética tenha diferentes fenótipos celulares (diferenciação celular).

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