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Dificuldade: média

Nos últimos 20 anos, tem-se registado uma drástica diminuição na densidade populacional de Hippocampus guttulatus e de Hippocampus hippocampus na Ria Formosa, reveladora do forte impacto exercido pela ação humana neste ecossistema.

Sendo a Ria Formosa um local com interesse económico e turístico, onde as atividades náuticas são frequentes, foi desenvolvido um estudo com o objetivo de testar os efeitos da poluição sonora subaquática nas reações fisiológicas de H. guttulatus.

Usando o procedimento representado na Figura 3A, foram testadas, em locais da ria previamente selecionados, duas condições acústicas diferentes, com recurso a um barco com o motor em funcionamento, durante 3 minutos. Nos primeiro e segundo minutos, o barco esteve em movimento, descrevendo a trajetória X (intensidade sonora variável). Durante o terceiro minuto, o barco esteve parado, na posição Y (intensidade sonora constante). Foi contado o número de movimentos operculares por minuto (MOPM) de 46 indivíduos da espécie H. guttulatus (29 machos e 17 fêmeas), observados entre os 4 e os 10 metros de profundidade, e foram registados os valores da temperatura da água.

Os dados foram recolhidos durante a maré alta, altura em que as correntes se reduzem e em que a visibilidade debaixo de água é maior.

Foram também realizadas observações em outros dois locais: num dos canais com maior tráfego (canal de Olhão), de modo a registar a reação do cavalo-marinho ao ruído normal do movimento dos barcos, e na Estação Experimental do Ramalhete (EER), do Centro de Ciências do Mar (CCMAR), na ausência de estímulos sonoros.

O comportamento dos cavalos-marinhos, gravado em vídeo, foi analisado.

O gráfico da Figura 3B representa os valores médios dos MOPM em ambiente controlado, em condições normais de tráfego e ao fim dos primeiro, segundo e terceiro minutos dos ensaios experimentais. As diferenças entre as médias dos MOPM nas várias situações experimentais foram significativas.

Questão:

A partir da análise dos resultados da experiência, podemos concluir que:

Fonte: Exame - 2022, 1ª fase
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(A) Em comparação com o ambiente controlado, o ruído produzido nas condições normais de tráfego afeta mais as fêmeas do que os machos.
(B) Os sons do barco em movimento (trajeto X) provocam, nos cavalos-marinhos, a resposta fisiológica mais acentuada.
(C) O movimento habitual de barcos não induz alterações na frequência respiratória dos cavalos-marinhos.
(D) Nos machos, o maior número de MOPM registou-se ao fim do 2.º minuto dos ensaios experimentais.


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