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Dificuldade: média

A Mata Nacional do Buçaco (MNB), cuja localização está assinalada na Figura 1 (página 2), constitui um património de valor incalculável. A mata está organizada em várias unidades de paisagem, entre as quais o Vale dos Fetos e a Mata Climácica. Esta última é uma formação vegetal, de plantas autóctones¹, que conserva as características típicas da floresta primitiva que existia nesta região antes da ocupação humana.

O Vale dos Fetos, um vale encaixado que se desenvolve ao longo de uma falha, é uma das zonas mais sombrias e frescas da MNB, onde se pode encontrar uma grande diversidade de musgos.

Os musgos são plantas não vasculares, com a geração gametófita mais desenvolvida do que a geração esporófita e com anterozoides (gâmetas masculinos) biflagelados.

Em locais soalheiros e secos, abundam plantas de folhas carnudas pertencentes ao género Sedum. Estas plantas suculentas abrem os estomas apenas durante a noite e, por ação da enzima PEP carboxilase presente no citosol, o dióxido de carbono absorvido é armazenado nos vacúolos, sob a forma de ácido málico (C₄H₆O₅). Durante o dia, o ácido málico armazenado é transportado para os cloroplastos, onde é descarboxilado.

Na mata, na proximidade de pequenos ribeiros de águas límpidas e correntes, habita a salamandra-lusitânica, Chioglossa lusitanica, da família Salamandridae, uma espécie endémica do noroeste da Península Ibérica. Os indivíduos adultos desta espécie alimentam-se de pequenos insetos, aracnídeos e moluscos, e apresentam uma capacidade pouco comum nos anfíbios: libertam a cauda quando ameaçados (autotomia), regenerando-a posteriormente. A salamandra-lusitânica, que se distingue de outras espécies de salamandras por apresentar um corpo estreito e alongado, pode atingir na fase adulta 15 cm de comprimento, dos quais dois terços correspondem à cauda, e possui respiração essencialmente cutânea, pois não tem pulmões funcionais.

Nota:

¹ Autóctone – espécie nativa, ou seja, natural de um determinado ecossistema ou de uma dada região

Questão:

Embora tenha evoluído a partir de ancestrais com pulmões funcionais, a salamandra-lusitânica não apresenta pulmões funcionais. Esta característica evidencia

Fonte: Exame - 2023, Época especial
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(A) que, numa perspectiva darwinista, a atrofia dos pulmões resultou da ocorrência de uma mutação.
(B) que, numa perspetiva lamarckista, a variabilidade dos seus ancestrais assegurou o metabolismo com a hematose cutânea.
(C) que o aumento da razão área/volume favoreceu a sobrevivência das salamandras num ambiente com elevada humidade.
(D) que o aumento da espessura do tegumento permitiu a sobrevivência das salamandras durante períodos de elevada secura.


Comentários

Mariana Patr?cio Moura 10683
Criado em 22/07/2024 14:22

o A está incorreto porque fala de Darwinismo e não Neodarwinismo?

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Clara Ribeiro Mariana Patr?cio Moura 10683
Criado em 26/01/2025 19:42

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