O Parque Natural da Ria Formosa, no Algarve, corresponde a uma zona litoral constituída por praias, dunas, zonas de sapal, canais fluviais e canais de maré. O sistema lagunar da ria, limitado a sul por um conjunto de ilhas-barreira arenosas que o separam do oceano, apresenta uma profundidade média de 10 metros e é alimentado, quase exclusivamente, por água do mar. A pequena profundidade, a boa penetração da luz e as águas calmas favorecem a desova, a alimentação e o refúgio de muitas espécies que ali passam os estádios larvares e juvenis, algumas das quais migram depois para o mar, onde completam o seu ciclo biológico.
Na Ria Formosa, a maior área nacional de pradaria marinha, podem ser encontradas ervas marinhas nativas, como a Zostera marina, plantas vasculares que vivem submersas e que apresentam folhas, geralmente finas, em forma de fita. Possuem rizomas bastante desenvolvidos, que se fixam em substratos essencialmente arenosos.
Nas pradarias marinhas, encontram-se as duas únicas espécies europeias de cavalos-marinhos: o cavalo-marinho-de-focinho-comprido (Hippocampus guttulatus) e o cavalo-marinho-de-focinho-curto (Hippocampus hippocampus). Estes peixes alimentam-se de pequenos crustáceos e fixam-se com a sua cauda preênsil à cobertura vegetal. Entre as suas peculiaridades, está o facto de ocorrer a transferência dos óvulos da fêmea para o macho, sendo então fecundados na bolsa incubadora deste.
Estudos genéticos recentes identificaram as semelhanças existentes entre as várias espécies de cavalos-marinhos atuais, demonstrando uma relação entre os dados moleculares e a sua distribuição geográfica.
A Figura 2 representa um excerto da árvore filogenética do género Hippocampus, relativo a quatro espécies existentes no oceano Atlântico.
Durante o processo de produção de matéria orgânica em células de Zostera, na fase fotoquímica, ocorre
Neste momento, não há comentários para este exercício.
Para comentar, por favor inicia sessão ou cria uma conta.