Atualmente, é frequente a referência às plantas aquáticas flutuantes como sistemas naturais de tratamento de águas residuais, pela capacidade que apresentam de remover vários tipos de contaminantes, entre os quais, metais. Apesar de elevadas concentrações destes elementos serem tóxicas, eles são essenciais a funções vitais das plantas, como a fotossíntese e a respiração. O ião cobre (Cu²⁺), por exemplo, é um constituinte da plastocianina, proteína existente nos tilacoides e que integra a cadeia transportadora de eletrões. O ião zinco (Zn²⁺) é um componente indispensável à atividade de enzimas envolvidas na síntese de RNA.
Com o objetivo de avaliar a redução da toxicidade das águas residuais decorrente da capacidade de bioacumulação do jacinto-de-água (Eichhornia crassipes) e da alface-de-água (Pistia stratiotes), foi realizado o estudo que a seguir se descreve.
Procedimento:
• Foram recolhidas, num rio não poluído, plantas jovens de Eichhornia crassipes (Ec) e de Pistia stratiotes (Ps). As suas raízes foram cuidadosamente lavadas, e foi determinada a concentração de metais presente na totalidade dos tecidos das plantas. Em E. crassipes, foram ainda determinadas, separadamente, as concentrações de metais nas raízes e nas folhas.
• Em cada um de sete tanques, foram colocados 400 L de águas residuais, provenientes de um parque industrial.
• Foram adicionados 4 kg de plantas jovens de E. crassipes a três dos tanques e 4 kg de plantas jovens de P. stratiotes a outros três tanques.
• A cada 5 dias, foi determinada a concentração de metais presentes nas águas residuais.
• Ao fim de 20 dias, foi novamente determinada a concentração de metais presentes nos tecidos das duas espécies de plantas.
Os gráficos I e II apresentam a variação do teor em zinco (Zn) e em cobre (Cu) nos diferentes tanques de águas residuais, ao longo do tempo.
Os gráficos III e IV apresentam a concentração de zinco (Zn) e de cobre (Cu) nos tecidos de E. crassipes (Ec) e de P. stratiotes(Ps), expressa em mg/kg, no início e após os 20 dias de tratamento.
De acordo com os resultados apresentados,
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O objetivo do estudo foi testar se o jacinto-de-água (Eichhornia crassipes - Ec) e a alface-de-água (Pistia stratiotes - Ps) conseguem remover metais pesados (Zinco e Cobre) de águas residuais industriais. Colocaram as plantas em tanques com água poluída durante 20 dias, monitorizando a concentração de metais na água e nas próprias plantas (no início e no fim). Um tanque sem plantas serviu de controlo. Os gráficos I (Zinco na água) e II (Cobre na água) mostram como a concentração de Zinco e Cobre na água dos tanques (com Ec, com Ps, ou sem plantas/controlo) varia ao longo dos 20 dias. Uma linha que desce indica que a planta está a remover o metal da água. A linha do tanque de controlo (sem plantas) serve para comparar o que acontece naturalmente. Os gráficos III (Zinco nas plantas) e IV (Cobre nas plantas) mostram a quantidade de Zinco e Cobre que as plantas (Folhas de Ec, Raízes de Ec, Planta Ec e Planta Ps) tinham no início do estudo (barra cinzenta escura) e após 20 dias de tratamento (barra branca). Barras brancas mais altas que as cinzentas escuras indicam que a planta acumulou o metal. Também permitem comparar a acumulação nas folhas vs. raízes de E. crassipes.
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Com base nisto, podes analisar cada opção: (A) é falsa. Observando o gráfico I, vemos que a concentração de zinco ao final de 20 dias nos tanques com E. crassipes é menor do que nos tanques com P. stratiotes. Logo, P. stratiotes foi mais eficiente a remover o zinco. (B) é verdadeira. Observando o gráfico I, vemos que ao 10.º dia, a concentração de zinco em tanques com P. stratiotes (linha tracejada) atinge o seu valor mínimo. (C) é falsa. Observando os gráficos III e IV, vemos que em E. crassipes, as folhas apresentam menor bioacumulação de cobre e zinco do que as raízes (tens de comparar a 2ª e 4ª coluna) e (D) é falsa. Observando o gráfico II, vemos que a concentração de cobre na água do tanque de controlo é sempre superior à dos restantes tanques (linha cinzenta está sempre em cima)
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