Os oceanos funcionam como sumidouros do dióxido de carbono (CO₂) atmosférico. A absorção deste gás e o aumento da sua concentração na água do mar conduzem a um aumento da concentração de ácido carbónico (H₂CO₃), a uma diminuição da concentração de ião carbonato (CO₃²⁻) e a uma diminuição do pH dos oceanos. Este fenómeno é conhecido por acidificação oceânica.
As referidas alterações modificam a dinâmica dos ecossistemas marinhos e desafiam a adaptação de várias espécies, em especial daquelas que, tal como a ostra japonesa, Crassostrea gigas, são dependentes do ciclo do carbono inorgânico do oceano, para, por exemplo, produzirem as suas conchas.
Num dos seus estádios, a larva de Crassostrea gigas passa pela fase de velígera. A velígera é planctónica, distinguindo-se pela sua concha larvar formada, sobretudo, por depósitos de carbonato de cálcio (CaCO₃), resultante da reação de precipitação entre os iões cálcio (Ca²⁺) e os iões carbonato (CO₃²⁻).
Foi desenvolvida uma investigação para avaliar os efeitos do aumento do carbono antropogénico no ecossistema marinho, em particular na sobrevivência e na formação da concha em larvas de ostra japonesa. No âmbito da referida investigação, foram colocadas larvas em três tanques de cultivo: um a pH 8,1 (valor médio de pH nos oceanos), um a pH 7,7 e outro a pH 7,4 (os dois últimos obtidos através da difusão de CO₂ puro).
Nos Gráficos 1 e 2, encontram-se os resultados, registados nos três tanques, relativos à mortalidade de velígeras e à percentagem de velígeras anormais (com deformações na concha), respetivamente.
De acordo com os resultados apresentados,
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