Os mangais são comunidades que podem incluir cerca de uma centena de plantas angiospérmicas, adaptadas a viverem em água salobra ou salgada e que têm como característica comum o facto de partilharem a tolerância a concentrações elevadas de sal. Este tipo de vegetação domina a maior parte da zona costeira tropical e subtropical, representando cerca de 0,6% da vegetação terrestre total.
O peculiar sistema radicular destas plantas proporciona-lhes um conjunto de adaptações que lhes permite suportar concentrações salinas elevadas e as condições existentes no lodo onde se fixam. Algumas plantas apresentam raízes aéreas, com lentículas (poros respiratórios), que, através de tecidos especiais, permitem a difusão de gases para as raízes submersas.
De entre as espécies vegetais características dos mangais, Rhizophora mangle possui um sistema de raízes que, através de membranas especiais, consegue evitar a absorção de sal. Este processo é tão eficaz que permite a uma pessoa retirar água doce de uma planta, apesar de esta se encontrar num ambiente salino. Outras árvores de mangal, como, por exemplo, Avicennia germinans, em vez de impedirem o sal de entrar nos seus tecidos condutores, excretam-no, com gasto de energia, através de glândulas localizadas nas folhas, nos ramos e nas raízes.
As florestas de mangal apresentam uma importante diversidade biológica, com a particularidade de a mesma árvore albergar uma comunidade tipicamente terrestre e outra tipicamente marinha.
As plantas de mangal desenvolveram estratégias reprodutivas que lhes garantem maior probabilidade de sobrevivência e que facilitam a sua dispersão. As sementes de algumas espécies germinam na árvore progenitora. Posteriormente, os propágulos caem, dispersando-se pelo oceano, onde permanecem viáveis por períodos que podem chegar a um ano.
As lentículas são necessárias, pois as plantas do mangal têm
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