A aranha aquática, Argyroneta aquatica, é a única aranha que vive permanentemente debaixo de água, possuindo adaptações específicas para este modo de vida.
Usando pequenos «pelos» das patas e do abdómen, estas aranhas aprisionam bolhas de ar, que retiram da superfície da água, e constroem com seda uma membrana que permite o armazenamento do ar contido nas bolhas, constituindo um reservatório subaquático denominado sino de ar. A seda é produzida sob a forma de um líquido que contém uma proteína, a fibroína que, em contacto com o ar, solidifica.
Estes sinos de ar apresentam múltiplas funções: proteção contra predadores terrestres, local de acasalamento, ninho seguro para os ovos e para os juvenis e local para devorar as presas.
Uma questão que se colocou aos cientistas era se estes sinos de ar também permitiam às aranhas respirarem, visto que a membrana sedosa permite a difusão passiva de gases.
Para responder a esta questão e testar se as aranhas avaliam a qualidade do ar nos sinos, realizou-se um estudo em que se constituíram três grupos de aranhas, cujos sinos foram preenchidos por:
• oxigénio puro;
• dióxido de carbono puro;
• ar ambiente (como controlo).
As aranhas submetidas a dióxido de carbono puro reagiram mais intensamente do que as aranhas submetidas a oxigénio puro e a ar ambiente, emergindo mais frequentemente e construindo mais sinos de ar até que os níveis de oxigénio estivessem suficientemente elevados.
Com base nos resultados do estudo efetuado, pode supor-se que as aranhas aquáticas
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