Na zona da praia da Parede, na Área Marinha Protegida das Avencas (AMPA), as algas representam um dos macropovoamentos mais importantes. Os tapetes formados pelas algas na zona entre marés retêm a água durante a baixa-mar, fazendo com que as condições sejam suportáveis para a grande maioria dos organismos marinhos que aqui têm o seu habitat.
A alga Asparagopsis armata é considerada, de entre as algas existentes nas águas europeias, uma das espécies com maior potencial invasor. Na AMPA proliferam as duas fases do seu ciclo de vida, a geração produtora de gâmetas e a geração produtora de esporos. Esta última é caracterizada pela formação de dois tipos de esporos em momentos diferentes – os carpósporos, que são diploides, e os tetrásporos, que são haploides. No passado, a entidade designada por tetrasporófito foi considerada como uma espécie distinta, Falkenbergia rufolanosa. A alga A. armata apresenta um ciclo de vida com gametófitos fixos a um substrato e esporófitos de vida livre, muito comuns durante todo o ano. Estas algas requerem uma superfície dura para se fixarem, sendo as rochas o local mais habitual para o fazerem, mas também se podem fixar noutras algas ou em animais como as lapas (moluscos com concha univalve que escavam, nas rochas, pequenas cavidades às quais se ajustam).
Uma particularidade importante dos seres do género Asparagopsis é a produção de metabolitos que atuam como repelentes de herbívoros. Estes metabolitos são sintetizados em células glandulares dos filamentos do tetrasporófito.
Na Figura 3, está representado o ciclo de vida de A. armata.
Questão:
Considerando as etapas do ciclo de vida representado, pode referir-se que
Comentários
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O texto descreve o ciclo de vida da alga Asparagopsis armata, que é um ciclo haplodiplonte. Isso significa que existem duas fases multicelulares distintas 1) Geração Gametófita (haploide, n): Produz gâmetas por mitose e 2) Geração Esporófita (diploide, 2n): Produz esporos por meiose. Vamos analisar agora cada opção
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(A) A afirmação é falsa porque, de acordo com o texto, os carpósporos (representados por A, formados pela fusão de gâmetas) são diploides, o que significa que possuem dois cromossomas de cada par de homólogos, e não apenas um.
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(B) O texto não afirma diretamente onde a meiose ou mitose ocorrem, mas ao descrever tetrásporos como haploides e gametófitos e esporófitos como fases distintas, ele implicitamente descreve um ciclo haplodiplonte. No ciclo haplodiplonte, a meiose é espórica (forma esporos) e não gamética. Os esporos (como os tetrásporos haploides) germinam e dão origem a gametófitos haploides. Estes gametófitos, por sua vez, produzem gâmetas também haploides, e isso acontece por mitose (uma divisão que mantém o número de cromossomas, n para n).
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(C) O texto diz: "A alga A. armata apresenta um ciclo de vida com gametófitos fixos a um substrato e esporófitos de vida livre". O texto também especifica que "a entidade designada por tetrasporófito foi considerada como uma espécie distinta". Isso confirma que o tetrasporófito é o esporófito.
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(D) O texto diz que os "tetrásporos, que são haploides". No ciclo haplodiplonte, os esporos haploides (como os tetrásporos) germinam e dão origem à geração gametofítica. Se os tetrásporos são haploides (n) e dão origem ao gametófito, o gametófito também será haploide (n).
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