As serras de Aire e Candeeiros constituem o mais importante maciço calcário existente em Portugal.
Nas zonas calcárias, onde frequentemente não existe solo, o coberto vegetal é, na maioria das vezes, muito pouco evoluído. A flora das serras de Aire e Candeeiros é constituída por dezenas de plantas aromáticas, medicinais e melíferas e pela presença de pequenas manchas de carvalho-cerquinho, Quercus faginea, cujos grãos de pólen, estruturas reprodutoras masculinas, são disseminados pelo vento. Os seus frutos são fonte de alimento para os esquilos, que, por vezes, os transportam e os enterram no solo sem os consumir.
Nas numerosas grutas das serras abriga-se uma infinidade de seres vivos, de que se destacam cerca de dez espécies de morcegos e um anfíbio endémico¹ das águas subterrâneas de grutas calcárias, Proteus anguinus.
Ao contrário da maior parte dos anfíbios, Proteus anguinus é aquático, mantendo durante a fase adulta características larvares, como brânquias externas, embora possua também pulmões rudimentares que se mantêm funcionais. O seu corpo é coberto por uma fina camada de pele, que contém uma reduzida quantidade do pigmento riboflavina, importante para o desenvolvimento e manutenção da pele, que lhe dá uma cor amarelo-esbranquiçada ou rosada. No entanto, mantém a capacidade de produzir um pigmento proteico, a melanina, quando exposto à luz. É um animal predador, que se alimenta de pequenos caranguejos, de caracóis e de insetos. Consome elevadas quantidades de alimento de uma só vez, podendo estar um ano sem se alimentar. Em situações críticas, pode reduzir a sua atividade, reabsorvendo tecidos e produzindo ovos com grande quantidade de reservas alimentares.
No interior das grutas, onde a luz não chega, a produção primária está associada a algumas bactérias. No entanto, a grande fonte de carbono orgânico provém do exterior, arrastada pela água que se infiltra, ou resulta de dejetos dos morcegos ou das aves que nidificam à entrada das grutas.
Nota:
¹ Endémico – exclusivo de determinada região.
Ordene as expressões identificadas pelas letras de A a E, de modo a sequenciar os acontecimentos que ocorrem na formação de gâmetas em Proteus anguinus.
A. Disjunção aleatória de cromossomas homólogos.
B. Formação de tétradas cromatídicas.
C. Disposição de bivalentes na placa equatorial.
D. Separação dos cromatídeos.
E. Formação de dois núcleos haploides.
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B- profase 1 C - metafase 1 A - anafase 1 E - telofase 1 inicio citocinese D - anafase 2
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