Em 2012, um grupo de cientistas conseguiu produzir um par de bases nucleotídicas sintéticas, complementares entre si, diferentes das que se encontram na natureza. Em 2014, os mesmos cientistas adicionaram estas bases a um meio de cultura. Este meio de cultura foi inoculado com uma estirpe da bactéria E. coli, que expressa um transportador membranar capaz de incorporar estas bases nas células bacterianas.
Uma vez dentro da célula, as bases teriam de ser reconhecidas e aceites pelas enzimas que copiam o DNA e pelas enzimas envolvidas na transcrição dos genes. Os cientistas comprovaram que as bactérias se multiplicaram, sintetizaram cópias de DNA artificial com seis tipos de bases e, em 99,4% dos casos, transmitiram o novo par de bases à descendência.
Para que as bactérias identifiquem este novo código, os cientistas têm ainda de modificar os mecanismos de tradução, garantindo o reconhecimento das bases artificiais introduzidas nos ácidos nucleicos e a incorporação de aminoácidos sintéticos específicos nas proteínas, tornando, deste modo, possível a produção de proteínas inexistentes na natureza.
O processo apresentado no texto pode constituir um mecanismo de seleção artificial capaz de conduzir à evolução de E. coli.
Explique, numa perspetiva neodarwinista, como poderá ocorrer essa evolução.
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A teoria que concilia o darwinismo clássico com as descobertas genéticas. Enquanto que Darwin não conseguia explicar o porquê de ocorrerem indivíduos da mesma espécie com diferentes características, o neodarwinismo sustenta este facto com as alterações genéticas, seja por mutações ou reprodução sexuada.
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