A malária, causada por protistas parasitas intracelulares obrigatórios do género Plasmodium, é uma doença infecciosa que atinge anualmente mais de 200 milhões de pessoas. Estes parasitas têm um ciclo de vida complexo que inclui dois hospedeiros, o homem e os mosquitos do género Anopheles, como se representa na Figura 5.
Após a transmissão por picada de um mosquito infetado, os esporozoítos alojam-se no fígado e infetam as células deste órgão, chamadas hepatócitos, onde se reproduzem.
Nos últimos anos, investigadores do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (IMM), em Lisboa, têm tentado conhecer as várias estratégias usadas pelo parasita para invadir as células humanas. Recentemente, verificaram que os esporozoítos segregam uma proteína, a EXP2, capaz de criar poros na membrana dos hepatócitos, tornando-a permeável à entrada de Ca²⁺ e à saída de K⁺, mas não à entrada dos esporozoítos. Este fluxo de iões desencadeia, nos hepatócitos, a exocitose de uma enzima lisossomal, a esfingomielinase ácida, envolvida no processo de reparação da membrana celular. O processo de reparação ativa a endocitose, processo através do qual os esporozoítos entram nos hepatócitos.
Estas e outras descobertas abrem novas perspetivas no combate à malária, através do bloqueio ou da diminuição da infeção.
A sequência de nucleótidos 3' TACTTTCACTCGATATAA... 5' corresponde ao fragmento inicial do gene EXP2. O diagrama da Figura 6 representa o código genético.
Considere que, no décimo quinto desoxirribonucleótido do fragmento do gene EXP2, a base nitrogenada foi substituída por uma citosina.
Preveja as consequências dessa substituição na capacidade infecciosa do parasita Plasmodium.
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Em vez de ser 3' TACTTTCACTCGATATAA... 5', iria ser 3' TACTTTCACTCGATCTAA... 5', que complementando em forma de RNA daria 5' AUGAAAGUGAGCUAGAUU 3'. O 15º ribonúcleótido está incluído, então, no codão UAG, que não codifica para nenhum aminoácido, visto que é um codão de terminação. Este codão vai interromper a tradução, e consequentemente, não existirá a proteína EXP2; proteína esta que, como referido no texto, é "capaz de criar poros na membrana dos hepatócitos, tornando-a permeável à entrada de Ca²⁺ e à saída de K⁺, mas não à entrada dos esporozoítos. Este fluxo de iões desencadeia, nos hepatócitos, a exocitose de uma enzima lisossomal, a esfingomielinase ácida, envolvida no processo de reparação da membrana celular. O processo de reparação ativa a endocitose, processo através do qual os esporozoítos entram nos hepatócitos.", ou seja reduz a capacidade infecciosa do parasita Plasmodium. ^^
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Em vez de ser 3' TACTTTCACTCGATATAA... 5', iria ser 3' TACTTTCACTCGATCTAA... 5', que complementando em forma de RNA daria 5' AUGAAAGUGAGCUAGAUU 3'. O 15º ribonúcleótido está incluído, então, no codão UAG, que não codifica para nenhum aminoácido, visto que é um codão de terminação. Este codão vai interromper a tradução, e consequentemente, não existirá a proteína EXP2; proteína esta que, como referido no texto, é "capaz de criar poros na membrana dos hepatócitos, tornando-a permeável à entrada de Ca²⁺ e à saída de K⁺, mas não à entrada dos esporozoítos. Este fluxo de iões desencadeia, nos hepatócitos, a exocitose de uma enzima lisossomal, a esfingomielinase ácida, envolvida no processo de reparação da membrana celular. O processo de reparação ativa a endocitose, processo através do qual os esporozoítos entram nos hepatócitos.", ou seja reduz a capacidade infecciosa do parasita Plasmodium. ^^
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