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Texto 3

Na natureza, após o processo de cristalização, os minerais podem sofrer microfraturação, permitindo a circulação de fluidos. Quando isto ocorre, formam-se, no interior dos minerais, inclusões fluidas que preservam gotículas de um fluido (líquido ou gasoso). A formação destas inclusões fluidas ocorre em profundidade, quando os minerais hospedeiros são sujeitos a elevadas pressões e temperaturas, aprisionando fluidos aquecidos (fluidos hidrotermais).

Visando monitorizar o processo de serpentinização, foram criadas, artificialmente, inclusões fluidas com diferentes salinidades no interior de cristais de olivina, observando-se, posteriormente, a sua evolução. Nestas inclusões, os fluidos iniciais eram constituídos por soluções aquosas de NaCl e MgCl₂ , em proporções semelhantes às que existem na água do mar, e apresentavam salinidades totais iniciais de 1%, 3,5%, 6% e 10% (em massa).

Procedimento experimental:

•  As olivinas, com inclusões de soluções a diferentes salinidades, foram colocadas numa mufla à temperatura de 280 ºC, sob pressão de 500 bar, e foram regularmente monitorizadas durante 270 dias.

•  As amostras foram retiradas da mufla, de 5 em 5 dias, durante 2 a 5 horas, para serem examinadas petrograficamente e para análise da concentração do fluido, sendo depois reintroduzidas na mufla.

Resultados:

•  No início da experiência, verificou-se que as inclusões formadas no interior dos cristais de olivina continham a solução aquosa e vapor.

•  Observou-se que, nas inclusões fluidas com salinidade total inicial de 10% (em massa), os primeiros minerais resultantes do processo de serpentinização surgiram após 120 dias.

•  Na Tabela 1, estão representados os minerais que se foram formando nas inclusões fluidas cuja salinidade total inicial era de 3,5% (em massa), bem como a variação da salinidade do fluido no interior dessas inclusões, ao longo do tempo.

Questão:

Na natureza, a infiltração de CO₂ com origem externa ou com origem mantélica, em rochas básicas e ultrabásicas, origina carbonatos, como a calcite (CaCO₃) e a dolomite [CaMg(CO₃)₂], que se formam nas fissuras e nos poros das rochas.

Utilizando a capacidade de reação do CO₂ com as rochas básicas e ultrabásicas, tem vindo a ser desenvolvido um processo artificial de captura e armazenamento geológico do CO₂ (CCS ‒ Carbon Capture and Storage), que tem sido apontado como uma das soluções para controlar o efeito de estufa.

Explique de que modo o processo CCS permite controlar o aumento do efeito de estufa.

Na sua resposta, refira a composição mineralógica e química do basalto e a possibilidade de se formarem carbonatos no interior desta rocha.

Fonte: Exame - 2024, 2ª fase
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Comentários

Matilde Carvalho
Criado em 10/06/2025 16:04

nao percebi

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Inês Custódio Matilde Carvalho
Criado em 18/06/2025 14:47

O basalto é uma rocha básica. Através da Serie de Bowen podemos ver que as rochas mais básicas (as mais em cima, na série) são essencialmente formadas por olivinas e piroxenas (minerais ferromagnesianos) e por plagióclases cálcicas; ou seja, o basalto é rico em magnésio e cálcio. A reação do CO2 com estes minerais do basalto origina carbonatos. Uma vez que o CO2 é a principal causa do efeito de estufa, controlar o aumento do seu teor na atmosfera (uma vez que ao ser usado para formar os carbonatos, deixa de ser mandado para a atmosfera) contribuirá para controlar o aumento do efeito de estufa. Espero ter ajudado! ♥♥

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