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Texto 1
A Faixa Piritosa Ibérica (FPI), localizada na região sudoeste da Península Ibérica, entre Lagoa Salgada e Sevilha, é uma das regiões metalogenéticas mais importantes do mundo e constitui, provavelmente, a maior concentração de sulfuretos polimetálicos na crosta terrestre, apresentando cerca de 300 km de comprimento e 30 a 60 km de largura. Os sulfuretos polimetálicos são compostos de enxofre e de metais ‒ ferro, cobre, zinco e chumbo, entre outros ‒ que originaram minérios como a pirite e a calcopirite, os quais se encontram associados a rochas sedimentares e a rochas vulcânicas, essencialmente félsicas, formadas no Paleozoico superior.
No Devónico superior (383 a 359 milhões de anos ‒ Ma), a área correspondente à FPI fazia parte de um mar pouco profundo. A partir do final do Devónico, a crosta continental subjacente a este mar começou a sofrer distensão, provocando a formação de falhas que originaram elevações e depressões. Ao longo das falhas, ascenderam magmas de origem mantélica que provocaram sobreaquecimento da crosta. Da fusão parcial da crosta resultaram magmas félsicos, que originaram numerosos aparelhos vulcânicos constituídos por lavas e/ou domos, intercalados, por vezes, com unidades piroclásticas. As depressões formaram bacias no fundo do mar, que foram sendo preenchidas por sedimentos. A circulação de fluidos hidrotermais com origem na infiltração da água do mar ou com origem magmática, através das fraturas das rochas, conduziu à deposição de sulfuretos polimetálicos na crosta, originando os jazigos da FPI. À superfíce, estes fluidos estiveram na origem da formação de rochas sedimentares ricas em sílica ‒ chertes e jaspes ‒ e facilitaram a proliferação de radiolários, protistas unicelulares do zooplâncton, com esqueleto silicioso.
Mais tarde (± 347-330 Ma), a mudança para um regime compressivo levou ao levantamento do fundo do mar e originou diversas estruturas em antiforma-anticlinal.
A Figura 1 representa o mapa geológico simplificado da Faixa Piritosa Ibérica, com localização de alguns dos principais depósitos de sulfuretos existentes nesta região metalogenética.

Questão:
Ordene as expressões identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência correta de acontecimentos que conduziram à formação de depósitos de sulfuretos na Faixa Piritosa Ibérica e à evolução geológica da região.
A. Ascensão de magma de origem mantélica.
B. Distensão da crosta continental.
C. Formação de depósitos de sulfuretos.
D. Formação da Falha da Messejana.
E. Metamorfismo regional.
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