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Dificuldade: média

As salinas de Rio Maior situam-se a cerca de 30 km do oceano Atlântico, num vale onde abundam rochas evaporíticas – sal-gema e gesso (constituindo a chamada Formação de Dagorda, do Jurássico Inferior) – intercaladas

por argilas e por carbonatos, também do Jurássico Inferior. A Formação de Dagorda aflora entre a serra dos Candeeiros, que se eleva a oeste, e as formações cenozoicas da Bacia do Baixo Tejo, que se situam a este.

O conjunto de unidades sedimentares da região de Rio Maior começou a depositar-se na Bacia Lusitaniana durante as etapas iniciais de abertura do Atlântico, a partir do Triásico – há cerca de 225 Ma –, no contexto do afastamento das placas Euro-Asiática e Norte‑Americana. A evolução deste processo levou a que, no início do Jurássico, a sedimentação tenha ocorrido num ambiente de pouca profundidade, em lagoas alimentadas por águas marinhas, onde se depositaram intercaladamente níveis de argilas e de sal-gema. Hoje, o nível aflorante é formado por argilas residuais dessas intercalações.

As características do sal-gema contribuíram para que grandes massas de sal tivessem ascendido de níveis mais profundos até próximo da superfície, através de falhas, essencialmente, sob a ação da pressão das rochas

sobrejacentes. Essas massas, que constituem o núcleo de anticlinais complexos, denominam-se domos salinos. O núcleo desses anticlinais, agora erodidos, originou depressões características – os vales tifónicos.

A água salgada, que é captada ao longo dos vales tifónicos da região, provém da extensa massa de sal-gema existente em profundidade, a qual é atravessada por água doce subterrânea. Pensa‑se que o maciço calcário da serra dos

Candeeiros seja a zona de infiltração principal da água meteórica que alimenta o aquífero.

Os domos salinos são ainda matéria de interesse na prospeção petrolífera, dado que muitas concentrações de hidrocarbonetos correspondem a reservatórios armadilhados (imobilizados) em anticlinais associados a algumas destas estruturas.

Questão:

A evolução tectónica e geográfica da Bacia Lusitaniana contribuiu para a formação de sal-gema, que resultou da precipitação de

Fonte: Exame - 2013, 2ª fase
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(A) halite, por evaporação da água.
(B) gesso, a partir de soluções sulfatadas.
(C) calcite, a partir de soluções carbonatadas.
(D) sílica, por evaporação da água.


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