Em setembro de 2019, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) aprovou a candidatura da serra da Estrela a Geoparque Mundial.
A serra situa-se no centro-este de Portugal continental e tem orientação NE-SO. A sua formação deverá ter ocorrido durante o Cenozoico, quando, devido ao movimento convergente das placas Africana e Eurasiática, foram reativadas as falhas antigas da região.
Em termos litológicos, a serra é constituída por extensos afloramentos de granitos, com idade entre 340 e 280 milhões de anos (Ma), formados no final do Paleozoico, durante a orogenia Varisca. Estas rochas estão implantadas em xistos e metagrauvaques que derivam de uma sequência detrítica de granularidade variável, de fácies marinha profunda, depositada há cerca de 650-500 Ma.
Durante o máximo da última glaciação (Würm), 20 000 a 18 000 anos, a serra esteve coberta por glaciares cujos vestígios incluem vales glaciários, moreias¹ e grandes blocos rochosos isolados (blocos erráticos).
A Figura 1 representa um bloco diagrama da serra da Estrela, com a sua litologia e as falhas que estiveram na origem da formação da serra.
Nota:
¹ Moreias – acumulações de sedimentos transportados pelos glaciares.
A formação da serra da Estrela ocorreu devido a um regime
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