Os seres que vivem no Antártico estão sujeitos a fatores abióticos muito limitantes. A baixa temperatura aumenta a viscosidade dos fluidos nestes seres e, no verão, o degelo conduz à variação da salinidade da água do mar. As águas frias e salgadas da região são ricas em oxigénio, pois nestas condições este gás torna-se mais solúvel.
Nos «peixes do gelo», os vasos são de grande calibre, o sangue não possui hemoglobina e o oxigénio difunde-se diretamente dos capilares para os tecidos, que se apresentam muito vascularizados e com grande densidade de mitocôndrias, características bem evidenciadas no tecido muscular cardíaco. Os «peixes do gelo», alguns insetos e alguns répteis possuem, no seu fluido circulante, proteínas com um papel anticongelante, que permitem o bloqueio do crescimento de cristais de gelo.
Certas espécies de bacalhau do Ártico exibem uma proteína idêntica à dos «peixes do gelo», mas que não é transcrita a partir do mesmo gene. A evolução destas proteínas é uma das mais fantásticas adaptações moleculares que caracterizam a evolução biológica.
Relacione as características do tecido muscular cardíaco dos «peixes do gelo» com a viscosidade do fluido circulante.
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